em quando sempre o instinto reina
eram as minhas rezas, - eu revelo -
de olhos fechados e alma aberta
enquanto a cinemática, impulso
e troca de calor se mantinham variadas e/ou retas
bailando com as minhas palavras sacras
- galopam, feito raio de trovão bem alto,
fragmentam + os feixes de luz incerta -
me mostra, briófita, quais são os seus musgos
sentido e direção,
vetores de mesmo módulo,
ora opostos, que algebricamente se anulam
Ave Maria, cheia de graça
e só a senhora mesmo:
bendito o ritual da seletiva devoção
bendito, do vosso ventre, é o fruto
(o que as minhas encantadas pupilas miram)
bendito estes infindos movimentos de paixão
com o mantra do Terço; "mais forte": do Credo
randômico morfológico, neurocirurgião:
por onde os amigos do circo real martineli andam?
improvisada oração, como ajudava a dormir
os monstros a sumirem do teto
quando você diz que é bom me amar
nós sempre entrando pelos portões do céu
sem ter hora de partir
mesmo eu desejando o fim
fôlego cético ainda
crendo em deus pai todo poderoso,
do céu? criador de nada, cultura a mim
mentalizo uma Salve Mãe Rainha
enquanto os fluidos seguem sua mecânica
a gravidade é deliciada em nossa cama
o córtex, o metabolismo,
epidermes suadas, ao dente, ardentes
Seja feita a vossa vontade
carangueijeira do caos à lama
como era no princípio
agora e sempre, sério
sendo aeróbio ativo
raiz de manguezal com fototropismo positivo
esperando a sua Instituição da Eucaristia
para me batizar no Rio Jordão
nos banhar em cada mistério
provar cada comida típica
nos notar espécimes vivos
eukarya, animalia, chordata, vertebrata, mamalia, primata, hominidae,
homo sapiens
a serem competidos na terra, todavia
tendo em vista a nossa saliva
diante dos fatos apresentados
conclui-se que a piedade divina
sempre guarda, rege e ilumina
- mas não governa -
nosso tempo, améns e espaço
santificifado é o vosso corpo
abençoado seja o nosso laço
outro Ave Maria
n'outra orgânica isomeria
outras galáxias se criam
num colapso energético.
de repente:
o senhor é convosco
ele está no meio de nós
minhas súplicas se encerram
nossos sorrisos são oniscientes,
quenteletromagnéticos
onipotentes e onipresentes.
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