sonho com o retorno impossível para o estado original de conservação
ou qualquer última eufônica atualização
processos moderados de autodomínio
sem fulgor, sem avisos
sem sorrisos, sem abismos
(e se souberem onde ele está, guardem para vocês, como fizeram n'outrora)
maquiando sem usar as mãos
outros quefazeres tem meu metabolismo
trabalho só,
desde a aurora
do pioneirismo
embalar meu couro craniano, fagulhar em ártico
acender alfazema, preparar os cloroplastos
me livrar do doce do mar
das ondas verdes que empurram meu casco
dos ventos que me sopram demasiado desfavorável
- e eu não paro de catalisar -
te vendo em coevolução com meus microrganismos
com potencial hídrico e nutritivo
e uma fauna
fumando camel
chique, de bota, cor nude,
imóvel
aproveitando o estático atrito
poupando energia depois da ação antrópica
fulminante, irresponsável e só (apenas) industrialmente lógica
como eu queria ser mata primária
com povo tradicional
intocada pela colonização
desconhecida das almas dismórficas.
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