aula de filosofia numa fria manhã junina. eu me sinto infectado pelo medo, pelas patologias transmissíveis das inseguranças. preciso de uma dose de reforço y fazer exames analíticos do corpo... quero saber o quê e se me aflige. me consola a possibilidade da morte, o exercício de separação e distanciamento do meu physis. o foco da investigação é meu sujeito, minha subjetividade. ganho espaços geográficos produzidos pelo meu trabalho. não sou empírico. tampouco teórico. sou caos, vácuo e vício, numa contradição própria e inata. de onde provém minhas ideias? ocidentais, resultados de processos sociais atrelados ao meu Eu-Terra... então apenas brinco de escrever azul o céu das tempestades que me soterram.
sábado, 16 de julho de 2022
segunda-feira, 4 de abril de 2022
inescrutável
línguas estrangeiras se assemelham à codificação aparente dos meus receios. apenas tintas ilegais, passadas despercebidas na alfândega brasileira, pigmentam os teus almejos. culpa minha os seus bloqueios? etiologia inarredável da testa, dos testes, que impedem festas, me julgando feio, impostor y inapto. Erro árduo. Difícil de engolir feito arame farpado: os portais para outras dimensões são fartos e desejo atravessá-los. não quebro a criptografia. minhas linhas novamente fracassam. mas exalam, espalhando no ar o instinto primitivo de sobrevivência. continuo a respirar, de bruços, pelado, atacado por ácaros.
idealizo irrevogável o acesso às árvores proibidas dos bancos de dados da vida
y seu além regozijado: doce, puro e bárbaro.
axioma
a realidade é uma mãe alcoólica carregando no colo
o filho pequeno
pelos subúrbios da cidade morta.
assado, com fome, caindo, doente
na lógica capital do ocidente
caçador acuando o bicho
que contêm inocência e inteligência no tapa! na fala errada, na influência obrigada. Na fumaça do cigarro contrabandeado soprada na cara
passiva criança assassinada, fantasma obrigado a seguir rente,
riste, alma penada e carente
barrada pelos fatais vícios
exploratórios e antidemocratas.
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