segunda-feira, 8 de novembro de 2021

sua selva voz savana

é voz de caçador

feita pra ser só sussurrada

pra noite adentro perder, tão esguia y rápida

afora // espindurado nos galhos

cê coberto de barro, armado, armadilha divina
+ quentão ingerido no tempo frio pra espreitar a arapuca encruzilhada, o jequi submergido na garrancheira do olho d'água

são seus olhos

puxados // rasgados de flechas dos lados
q são brechas achadas pelo diabo
para todo dia flutuar na terra
andar brejo arriba
sob o céu no chão de vaga-lumes:

estrelas irrisórias dos meus esquecimentos
flores tóxicas de espirradeira
incapturáveis: diante da minha máquina fotográfica pouco potente + quebrada de queda

tão logo indescritíveis aos ausentes
tão baixos nas veredas

bioluminescentes
abstrusas de serapilheira cintilante

cravuda
guerreira
indígena

que concorda ser importante
compartilhar o estilo ninja
espistemológica, sistemática
a doçura das geraizeiras culturas.

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