segunda-feira, 21 de junho de 2021

Ensurdecedores

não barulhos vibrando, ao pé de minhas orelhas, atrás das cartilagens, afetando o equilíbrio, nas veias + vertigem + ondas refratadas, mixadas, era da máquina

no momento em que eu cago, não me importo
mini-sônico, parabólico, pernas bailam,

(fios partem embora, largam campos abertos, desmatados,
no futuro a possibilidade + esperança,
trabalhados nossos caminhos, tortos, retilíneos, benevolência e paz | rebordosa e cantos prânticos)

{...} eu acho que posso morrer...
esfinge descrita, shinigami
Maurício, nome simples, Rua Belarmino,
vencer a fantasia do destino
vestindo pontualidade, clássico,
cheirando à ervas que livram do mal
que livram de ideias que tive com Ygor:
navegar
num veleiro
evacuar
deriva continental;
desfavor
fome infinita, 
gartanta de espinho, 
coroa infame de meus quereres, 
de enxame de abelha-orópa, longe... 
da terra... achar terra... terra à vista!... alucina...
tubarão... tempestade... chego em Cuba?... no Pelô... 
Boa Vista... tubarão-tigre...
qualquer terra! > levar uma arma e uma {unidade de} bala
tubarão-cabeça-chata
cessar sofrimento, se preciso for.

quarta-feira, 16 de junho de 2021

malineza

manejo menino malino o seu mel [de babosa, Aloe vera, monange]

exorcista de noite, raspada no véu

turquesa bem-te-vinda (Pitangus sulphuratus) e cinemática

+ pitanga temporã (Eugenia uniflora)

ai, se a <tomada/luz/câmera/ação> não me vomitar pra fora da órbita...

Sergipana morena manhosa, egípcia, te extraño.

me arrepiento.

Vadio de noite de cara de volta

de rock + banquin em jardim,

jasmim-manga,

arômata

que vaza

quando eu gozo

+ vejo a filmes de paletas escuras

+ vejo olhares felinos cor de amendoim (hypogaea)

similarmente embolados na casca

madrugueiros com TVs ressonantes

sotacando cada troféu

conquistado por meus deseperos

à Biblioteca Estadual + avenida Beira-mar, paralelos

eflúvios, tecnográfico/postal memorável

<remotos/esguios>, tanto quanto absortos 

(Abelmoschus esculentus)

solução de quiabo 

de choro + jaula

que encabula e enclausura

 teu tremido gostoso.

quinta-feira, 3 de junho de 2021

"Ah, é góra..."

Agora pegou, sab'.

A garrafa de azeite

esculpida no mármore da cozinha

das gasrrafas de vinho vazias no chão:

<ná'dalembrar>


na janela, som e luz direto, eu escrevendo isso

com caneta que cacei no escuro com o celular

por que não usei o celular

ao invés de papel rasgado ?

no canto de cardeno Tilibra

{ que já virou Trevo }

meus anjos de Deus me protejam

do diabo

do demônio, 

ô diaxo, desconjuro!

eu me acho, 

sou humano, 

eu me rásto, 

me dou um tái 

e me vejo sangrar

e chupo na hora, instinto, memória?, 

de una Raza Antigua

uma roça, rebanho 

que foi espaiád'.