é na clareira da noite suburbana que tu vens, risonha
mudando meu foco
agora, em sua imagem colorida, no seu espectro do visível
(teu corpo de dengo composto por distintas
bandas de ondas eletromagnéticas com próprios comprimentos e frequências. eu amo sua reflectância. a sua assinatura espectral...)
pelas madrugadas dos meus olhos abertos
nos feixes luminosos dos postes elétricos
contrariando o espaço organizado e suas matrizes consolidadas de redes de circulação de bens e serviços.
mas a logística é dinâmica.
assim como o que sinto
quando te protejo
quando te projeto
ou quando me toca e me prospecta
com seus planetas orbitando minha atenção
e me acolhe.
me encoraja. com sua fala de navalha. sua língua que corta e salga tudo aquilo que é tirano.
me improvisa
e me risca
me ensina a ser um anjo
diante do sagrado dos nossos atos e passado-futuro cotidiano
te quiero por naturaleza, sinto fotorrespirando.