segunda-feira, 4 de abril de 2022

inescrutável

línguas estrangeiras se assemelham à codificação aparente dos meus receios. apenas tintas ilegais, passadas despercebidas na alfândega brasileira, pigmentam os teus almejos. culpa minha os seus bloqueios? etiologia inarredável da testa, dos testes, que impedem festas, me julgando feio, impostor y inapto. Erro árduo. Difícil de engolir feito arame farpado: os portais para outras dimensões são fartos e desejo atravessá-los. não quebro a criptografia. minhas linhas novamente fracassam. mas exalam, espalhando no ar o instinto primitivo de sobrevivência. continuo a respirar, de bruços, pelado, atacado por ácaros. 
idealizo irrevogável o acesso às árvores proibidas dos bancos de dados da vida 
y seu além regozijado: doce, puro e bárbaro.

axioma

a realidade é uma mãe alcoólica carregando no colo 

o filho pequeno

pelos subúrbios da cidade morta.

assado, com fome, caindo, doente

na lógica capital do ocidente

caçador acuando o bicho

que contêm inocência e inteligência no tapa! na fala errada, na influência obrigada. Na fumaça do cigarro contrabandeado soprada na cara

passiva criança assassinada, fantasma obrigado a seguir rente, 

riste, alma penada e carente

barrada pelos fatais vícios 

exploratórios e antidemocratas.